Com começo da carreira no teatro, jornalista viveu personagem coadjuvante em novela da Globo estrelada por Marília Pêra
Publicado em 03/09/2024, às 07h30
Em 3 de agosto de 1965, Rosinha do Sobrado estreava como a segunda novela produzida pela recém-nascida Globo. A obra, que começou a ser exibida na faixa das 22 horas e, depois de um mês, mudou para o horário das sete, foi a primeira novela diária de Marília Pêra e teve Renato Machado, hoje consagrado jornalista, como parte do elenco.
Antes da carreira de sucesso como repórter, Machado criou raízes no teatro e chegou a participar de grupos amadores, onde atuo em peças como A Tempestade, de William Shakespeare, Os Filhos Terríveis e Antígona.
Quando a rede Globo foi fundada, em 1965, o jovem Renato participou de duas novelas da emissora como coadjuvante: Rosinha do Sobrado, que contava a história de amor entre um médico e sua paciente Rosinha, e a primeira versão de A Moreninha, também estrelada por Marília Pêra.
Além da Globo, o jornalista fez carreira de ator na finada TV Excelsior e trabalhou na primeira versão de Sangue do Meu Sangue, de 1969 a 1970, dublou alguns seriados norte-americanos e atuou no filme O Mundo Alegre de Helô, de 1966.
Formado em Direito e Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), ele começou a carreira na área em que se consagrou em 1970 — e não foi direto pela televisão, mas pelo rádio. Depois, atuou no Jornal do Brasil e apresentou o jornal Noite Dia, da extinta Rede Manchete.
Como jornalista da Globo, Renato apresentou o Jornal da Globo de 1982 a 1983, o RJ TV de 1989 a 1990, retornando em 1992, fez participações no Jornal Nacional de 1995 a 2011, e esteve no Fantástico Especial, na virada de 1995.
Em 39 anos de profissão, o repórter passou pela BBC e foi correspondente internacional baseado em Nova Iorque. Quando retornou ao Brasil, Machado tomou a frente de reportagens especiais para o Fantástico e para o Globo Repórter.
Um dos marcos da carreira do jornalista é o primeiro Plantão do Jornal Nacional, apresentado por ele em 1982. A ocasião foi o primeiro plantão da história da TV brasileira e teve apenas a voz do jornalista relatando os acontecimentos sobre a Guerra das Malvinas enquanto a imagem na tela era o famoso logo do Plantão JN.