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Hamilton Dias relembra primeira vez que desejou ser ator: 'Não fazia ideia por onde começar'

Em entrevista à Contigo! Novelas, Hamilton Dias reflete sobre experiências no meio artístico e destaca as "primeiras vezes" de sua carreira

Contigo! Novelas Publicado em 13/01/2025, às 11h22

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Hamilton Dias destaca as "primeiras vezes" de sua carreira artística - Divulgação
Hamilton Dias destaca as "primeiras vezes" de sua carreira artística - Divulgação

Hamilton Dias, que em 2024 esteve nos musicais A Noviça Rebelde e Vital - Um Musical dos Paralamas, reflete sobre experiências, descobertas e desafios no mundo da arte. Em entrevista à Contigo! Novelas, ele destaca suas "primeira vezes", como quando que desejou ser ator, pisou no palco e esteve em um set de filmagens.

... eu desejei ser ator.

"O ano era 2008. Já tinha feito teatro na escola e alguns cursos livres, mas sempre como hobby. Estava começando a faculdade de Publicidade, mas tinha o desejo de ser ator, o problema é que não fazia ideia por onde começar. Nessa época, eu tocava na banda de uma igreja que Heloísa Périssé também frequentava. Senti que poderia conversar com ela sobre esse assunto. Criei coragem e perguntei o que eu poderia fazer, qual era o caminho. Ela falou: ‘Você tem que entender se isso é um desejo ou uma vocação.’ Nunca me esqueci dessas palavras. Na semana seguinte, eu comecei o curso. Desde 2008 até hoje, nunca mais parei de ser ator. Tenho Heloísa como minha madrinha no teatro e somos amigos até hoje!"

... estive no palco.

"Foi na 5ª série do ensino fundamental. Ainda tinha cabelos na época [risos]. A escola anunciou um show de calouros. Eu era meio tímido, mas amava contar piadas na sala de aula para alguns amigos. Achei que talvez conseguiria fazer isso nesse show. Contei umas três piadas, mas ninguém riu, tomei vaias. Podia ter sido um trauma, mas o meu pensamento foi: ‘Poderia ter contado piadas melhores’."

... estive no set.

"Foi uma participação no Gente Inocente, programa da Globo, eu devia ter uns 12 anos de idade. A ideia do quadro era responder perguntas. Um diretor ficava sentado, o assistente dele me mostrava a foto de um artista e eu falava o que eu achava da pessoa. Como não conhecia ninguém, menti sobre todos. Dizia coisas do tipo: ‘um superator’, ‘uma atriz incrível’. Meu cachê foi um VHS do filme Vida de Inseto. Confesso que nunca vi essa filmagem."

... atuei em um longa.

"Foi com meu melhor amigo, Matheus Souza. Matheus é um diretor e roteirista incrível, e eu já era fã do trabalho dele. Alguns anos de amizade depois, ele me convidou para fazer Tamo Junto, um filme pelo qual tenho um carinho enorme e que pode ser visto na Netflix. Desde então, já fizemos mais de três filmes e peças teatrais juntos."

... fui aprovado em um grande projeto.

"Em maio de 2023, fui aprovado para fazer o Jovem Frankenstein. Eu considero esse um dos maiores projetos da minha vida e um divisor de águas na minha carreira. Meu primeiro protagonista em um musical gigantesco!"

... me senti desafiado por um personagem.

"O Jovem Frankenstein talvez tenha sido o mais difícil para mim. Eu fazia o Monstro e tinha que andar em um sapato plataforma de 15 centímetros, o que me deixava com 2 metros de altura em uma peça de quase três horas. Era um trabalho que exigia fortalecimento das pernas, corpo e muito cuidado com a voz. Usava uma roupa toda acolchoada para parecer um homem gigantesco, e o figurino, por mais que tivesse sido projetado para não ser tão quente, gerava bastante suor e calor. Perdi 14 quilos dos ensaios até o fim da temporada. Foi um desafio, mas faria tudo novamente sem pensar. Amava demais fazer esse projeto."

... me emocionei ao subir ao palco.
"Sou uma manteiga derretida e acho que me emocionei em todas as vezes que subi aos palcos. Sou muito grato por poder trabalhar como artista. Não me lembro da primeira vez ao certo, mas este ano me emocionei muito contando a história real dos Paralamas em Vital – O Musical dos Paralamas. Saber que eles estão vivos, foram assistir à peça e gostaram é algo único. Tinha uma parte em que falava do acidente do Herbert Vianna, e me emocionava em todas as apresentações!"

... chamei atenção por causa do meu bom humor.

"No curso de humor que Fernando Caruso e Dani Ocampo realizaram em 2009. Caruso curtia meu desempenho em sala de aula e me convidou para participar de alguns programas de humor que ele fazia no Multishow. Até que, em 2013, fui chamado por ele para fazer parte do elenco do seriado de humor Estranhamente, no Multishow. Fizemos três temporadas no canal."

... tive vontade de me aventurar na comédia.

"Fui ao teatro assistir a dois espetáculos: Clandestinos, peça de João Falcão, e ZÉ - Zenas Emprovisadas. Sem dúvida nenhuma, eles foram os divisores de águas para esse meu desejo pela comédia. Era emocionante e engraçado, eu não queria parar de assistir. Tanto é que, por ser uma peça que nunca era igual, eu assisti brincando umas 50 vezes. Eu pensava: é isso que eu quero fazer, eu quero estar com essa galera, fazer o público sentir isso. Quase 15 anos depois, com muita ralação e estudo, tive a sorte de trabalhar com alguns desses artistas incríveis, que alguns viraram amigos. Só o João Falcão que não trabalhei, e fica o desejo aqui e para o universo para que possa existir essa primeira vez."

... tive dificuldades em um projeto.

"Foi em um espetáculo que alguns amigos e eu realizamos. Investimos um valor significativo para montar um musical, sem patrocínio. A ideia era incrível e foi megadivertido trabalhar no projeto, mas, infelizmente, ele não se pagou, e acabamos ficando devendo um bom dinheiro. Mas valeu a pena aprender e amadurecer para não repetir isso em outros projetos depois desse."

... tive vontade de evoluir na profissão.

"Acho que 2016 foi um ano de muitos conflitos internos. Já trabalhava com comédia e estava me estabelecendo no mercado, sendo chamado para participar de alguns trabalhos, mas sentia que não queria ficar apenas no humor. Não queria abandoná-lo e achava que poderia misturar ou agregar novos desafios. Foi quando decidi me dedicar também aos musicais e estudar canto e dança. Alguns me acharam louco, porque era quase um recomeço, ninguém me conhecia nesse meio. Ali surgiu uma vontade de evoluir, me desafiar, e posso dizer hoje que foi uma escolha bem-sucedida!"

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