Severina Tenório, participante do Ilhados com a Sogra, passa por dificuldades e diz viver na miséria. Em entrevista à Contigo!, ela pediu ajuda
Publicado em 15/07/2024, às 12h10 - Atualizado às 12h23
Desempregada e morando de favor na casa de um amigo, Severina Tenório precisa de ajuda. Embora a participação no reality show Ilhados com a Sogra, da Netflix, tenha projetado seu nome para o mundo todo e seu nome tenha sido um dos mais citados nas redes sociais por semanas consecutivas, a vida financeira não evoluiu. Com a geladeira vazia e sem fonte de renda, ela conversou com a coluna na manhã desta segunda-feira (15) e fez um pedido de socorro. "Eu quero trabalhar, quero ter uma vida digna. Preciso de ajuda", desabafou.
"Eu achei que minha vida fosse mudar, e que encontraria um lugar ao sol. Mas não foi o que aconteceu. A Netflix largou a minha mão após me prometer apoio. Eu sou compositora, pedi para eles me apresentarem a algum produtor musical só para eu mostrar meu trabalho, mas nada disso aconteceu. Eu só queria ouvir de algum profissional se minhas composições são boas ou não, se valem ou não para o mercado. Continuei trabalhando como faxineira, mas a situação piorou nos últimos tempos", relatou ela, com a voz embargada.
A matriarca da família Tenório relatou que teve conversas com os executivos da plataforma e com produtores, e inicialmente lhe foi prometido um suporte para que pudesse ter contato com profissionais da música, mas tudo ficou só no campo da promessa mesmo. E ao fazer seus apelos, passou a ser ignorada.
"Meu foco não era ser famosa na internet. A produção disse que eu ia ter muita projeção, que não iria soltar a minha mão. Minha participação é que fez toda a diferença na série. Famosa eu fiquei, mas não consegui conquistar os louros deste sucesso", apontou. "Eles [Netflix] sempre me ignoram. Acabou meu contrato em abril deste ano. Gravamos em novembro de 2022. A gente ganhou um cachê de participação de R$ 2 mil. Como eles sabiam da minha história, eles disseram que não iam soltar a minha mão. Pedi que me apresentassem um produtor musical, para eu apresentar minhas composições, mas não fizeram nada disso, simplesmente me abandonaram."
Antes do reality estrear, Severina trabalhava como diarista e se manteve na profissão mesmo após o sucesso estrondoso do programa --que chegou a figurar na lista de mais vistos em diversos países. O boom inicial fez com que algumas marcas a procurassem para trabalhos pontuais de publicidade, mas os cachês foram baixos e não mudaram sua vida significativamente. E no meio disso, ela ainda levou alguns golpes.
"Fiz uns trabalhinhos no ano passado, mas nada grande. O valor dos cachês acabaram rápido, porque como te disse, o valor era pouco. Cheguei a fazer uma publi por R$ 1 mil, gravei um vídeo para o meu Instagram, mas até hoje a empresa não me pagou. Não é muito dinheiro, mas está me fazendo muita falta", pontuou.
Severina morava no subúrbio do Rio de Janeiro, mas a falta de trabalho a fez se mudar recentemente para interior do Estado, em Silva Jardim, e hoje vive de favor na casa de um amigo, que lhe cedeu o espaço para que ela pudesse ter onde viver. Antes de abandonar a capital, ela estava trabalhando em apenas uma casa, e o dinheiro era suficiente apenas para o aluguel.
Sua renda mensal, nos últimos tempos, foi de R$ 800. E este era exatamente o valor do aluguel da casa em que morava. Não sobrava um centavo para despesas com alimentação, transporte, água, luz e internet. E foi no desespero que ela pediu ajuda e conseguiu esta residência na cidade que pertence ao Leste Fluminense.
"Eu tenho um amigo muito gente boa, que me ofereceu a casa dele, são 3 cômodos. Fui acolhida, pelo menos não estou na rua. Doi muito. Porque estou nessa situação e meu nome está no mundo inteiro. Muita gente mandou mensagem dizendo que sou forte, mas essa fortaleza está ruindo. Eu não tenho uma rede de apoio" lamentou.
Além da falta de dinheiro, Severina também enfrentou muitos problemas com assédio depois que participou do reality show da Netflix. Após ouvir um conselho de um amigo, ela usou suas redes sociais para divulgar seu trabalho como diarista, dizendo que estava disponível para novas residências. O problema é que as "propostas" vieram de um jeito bem agressivo.
"Alguns homens começaram a mandar mensagens perguntando se eu também fazia outros tipos de serviços, se além da casa eu também dava um 'trato' neles. Isso me magoou muito, porque eu queria apenas trabalhar de uma maneira digna", lembrou.
No meio das propostas que surgiram pela internet, um casal a procurou pedindo que ela fizesse uma faxina em sua residência. Mas no dia, apenas o rapaz estava no local, e a mulher não. E foi quando ela acabou sendo vítima de assédio sexual no trabalho.
"Eu estava limpando tudo bonitinho, aí o cara entrou na suíte e me chamou. Eu imaginei que ele tivesse esquecido a toalha de banho, e já apanhei uma para levar pra ele. Quando chego no banheiro, ele estava pelado e com uma máquina na mão. Fiquei desesperada. Larguei tudo e fui embora, não recebi nem o dinheiro da faxina. Parece que tudo é contra a mulher", desabafou ela, chorando.
Neste momento, Severina quer ajuda com trabalho. Ela tem o sonho de mostrar suas composições para algum produtor musical e também está disponível para outras funções, afinal, ela precisa de condições para se alimentar. "Eu preciso e aceito a ajuda. Pode entrar em contato comigo pelo Instagram", avisou. O perfil dela está logo abaixo:
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