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TV / BOA FASE

Juan Paiva, de Renascer, avalia rótulo de 'queridinho': 'Tem que se dedicar'

Em entrevista à Contigo! Digital, Juan Paiva comentou sobre os bastidores de Renascer e confessa que não se deslumbra com a boa fase na carreira

Fernanda Chaves Publicado em 06/03/2024, às 12h15

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Juan Paiva tem se destacado na programação da Globo com papéis importantes - FOTOS: GLOBO/FÁBIO ROCHA
Juan Paiva tem se destacado na programação da Globo com papéis importantes - FOTOS: GLOBO/FÁBIO ROCHA

Intérprete do sofrido, apaixonado e desprezado João Pedro, do remake de Renascer, da TV Globo, Juan Paiva conquista o público e a crítica. Emendando ótimos trabalhos na televisão e no cinema, o artista conversa com a Contigo! Digital sobre sua trajetória artística e confessa que não se deslumbra com a boa fase.

Depois de viver o Ravi, um dos protagonistas de Um Lugar ao Sol, você volta ao horário nobre com outro papel de destaque, o João Pedro de Renascer. 

- Fico muito feliz com a oportunidade. O Ravi foi um personagem muito sensível, era um cara que sofria e teve falta de uma cumplicidade com um irmão. E acho que agora, em Renascer, não é diferente. O João Pedro tem essa sensibilidade, mas, ao mesmo tempo, ele tem uma força e tem um lugar ali de rejeição do pai, então, acho que de certa forma os personagens se cruzam. Mas estou muito feliz porque, ao mesmo tempo, eles são totalmente diferentes. O Ravi era de Goiânia, o João é da Bahia, um cara que trabalha o tempo todo, que se dedica à fazenda, à produção de cacau junto com o pai. É um personagem que estou muito feliz de viver, mas estou conhecendo o João Pedro ainda, é cedo para falar, mas acredito que vem coisa boa por aí!

Você assistiu à primeira versão de Renascer?

- Eu preferi não ver para não me apegar. Com todo respeito ao trabalho das pessoas que fizeram a versão de 1993, ao trabalho do Marquinhos [Marcos Palmeira], que vi poucas coisas, mas sou fã, ele é um cara generoso, humilde e me inspira bastante, mas procurei não assistir porque na minha visão tem  iferença da novela de 1993 para a de agora, novos temas.

O Marcos Palmeira, que interpretou seu personagem em 1993, agora, vive seu pai, está do seu lado! Vocês não conversaram sobre o personagem?

- A gente teve poucas trocas, porque acho que o Marquinhos também tem esse lugar de dar liberdade sabe, ele é um cara superinteligente, que entende que é uma novela nova, é uma novela que as pessoas não devem assistir com um olhar da primeira. Mas a gente troca ideia sempre que pode e eu tiro minhas dúvidas com ele sobre o que ele acha, a gente tem essa troca de profissão mesmo, de amigo e eu acho que isso está sendo interessante para essa construção do personagem.

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A viagem para a Bahia também ajudou?

 - Foi enriquecedor gravar em Ilhéus, na Bahia! Foi a primeira vez que fui e pisar naquela terra antes de a gente ir para a cidade cenográfica, antes de a gente ir para o estúdio, enriqueceu bastante, porque tivemos contato com as pessoas que vivem lá, com as pessoas que fizeram o primeiro Renascer, ouvimos relatos, ouvimos as pessoas cantando as músicas, conheci a fazenda Renascer, onde a novela foi gravada, tivemos vivências pela agrofloresta, enfim, para mim foi enriquecedor conhecer esse universo e ter propriedade para falar disso.

Além das novelas, você estará na segunda temporada da minissérie Justiça e no ano passado protagonizou o filme Nosso Sonho. Você é sempre elogiado. Virou o queridinho do público?

- Eu só tenho a agradecer a Deus, às pessoas que admiram o meu trabalho, que torcem por mim. Eu sinto, sim, um calor diferente, mas a minha vida é a mesma, no sentido de eu ir para rua e cumprimentar quem eu acho que devo cumprimentar, de as pessoas virem até mim falar coisas positivas, são as pessoas que eu estou sempre abraçando e eu acho que é isso que vai dar nesse lugar do “queridinho”, que você citou. Eu acho que é um amor, uma troca e, que quando é sincero, as coisas simplesmente acontecem. Então, estou caminhando, estou me dedicando para sempre poder entregar o meu melhor. Acho que o que a gente faz é algo que tem esse lugar do equilíbrio e a gente tem que ter muito respeito, muito afeto, muito carinho por tudo. O trabalho do artista é viver nessa corda bamba, então quando as coisas estão fluindo a gente tem que, sim, se dedicar ao máximo e entender também que tem um espaço de tempo do nosso descanso, tem um tempo que a gente está trabalhando muito, enfim, acho que o respeito tem que estar acima de tudo sempre.

E você consegue ter esse conhecimento sendo discreto. Sua vida pessoal quase não aparece. 

- De fato eu não costumo ficar expondo minha vida, não. Mas acho que é um lado bonito da minha história, eu tive filha com 16 anos e eu sou casado com a mãe dela até hoje, a gente vive juntos, minha filha hoje tem 9 anos e é tudo que eu posso falar [risos].

Renascer fala de santas, de cramulhão. Você acredita em algum coisa?

- Eu tenho crença, acredito em Deus, mas não tenho religião. Eu respeito todas e como artista procuro não me apegar a essas coisas, acho importante estar aberto para caso apareça um personagem como o João, por exemplo.