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Amanda Maya se desdobra para conseguir seu lugar em Hollywood

A atriz brasileira fala dos desafios e conquistas da vida que leva nos Estados Unidos. "Os últimos três anos foram, sem dúvida, os mais intensos da minha vida"

Por Tainá Goulart Publicado em 29/09/2017, às 12h49 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Amanda Maya - Fotos: VieiraPress
Amanda Maya - Fotos: VieiraPress
Amanda Maya, 29 anos, nasceu em uma cidade do interior de São Paulo, São Luiz do Paraitinga, mas o sonho de seguir o seu caminho como atriz a levou para outros horizontes, bem longe de casa. Aos 17 anos, ela foi fazer faculdade de artes cênicas em São Paulo e, de lá pra cá, as mudanças de casa e até país foram constantes. Hoje, ela mora em Los Angeles, nos Estados Unidos,  onde batalha arduamente por sua carreira em Hollywood, tanto que até fez mestrado em cinema e televisão na Savannah College of Art and Design. Entre os papéis de sucesso no exterior, Amanda interpretou a protagonista Jandira no premiado filme Alguém Qualquer (2013). Com roteiro de Tristan Aronovich, o longa, inclusive, foi finalista para representar o Brasil no Oscar 2016. Mas a artista brilhou também em outras histórias, como Black & White (2015) e In Search of Liberty, trabalhando no pós-produção. "É uma correria danada, mas quando a gente faz aquilo que ama, sempre encontra uma forma de administrar tudo e vencer o cansaço e o tempo curto. Além de desenvolver minha carreira como atriz e cineasta aqui nos EUA, também preciso encontrar tempo para cuidar de trabalhos e projetos paralelos no Brasil", disse ela. Confira a entrevista exclusiva:

Além de trabalhar intensivamente na área, Amanda concluiu mestrado em cinema e televisão na
 Savannah College of Art and Design

1)Como você administra sua vida nos Estados Unidos?

É uma correria danada, mas quando a gente faz aquilo que ama, sempre encontra uma forma de administrar tudo e vencer o cansaço e o tempo curto. Além de desenvolver minha carreira como atriz e cineasta aqui nos EUA, também preciso encontrar tempo para cuidar de trabalhos e projetos paralelos no Brasil. Fora isso, é essencial encontrar tempo para estudar, praticar, se aprimorar sempre, e, claro, aproveitar para conhecer ao máximo a cultura norte americana e o país (tenho o privilégio de ja ter atravessado de carro o país todo por 3 vezes!).

2)O que tem feito da carreira nos últimos três anos?

Os últimos 3 anos foram sem dúvida os mais intensos da minha vida (e da minha carreira) até agora. Além de lançar o longa “Alguém Qualquer” nos cinemas em 2015, finalizei o filme “Black & White” (que está agora atravessando o circuito de festivais e já conquistou o Grande Prêmio no California Film Awards no início desse ano) e trabalhei nas produções norte-americanas “In Search of Liberty” (longa-metragem) e “Four Years” (videoclipe do artista K-Mex). Coordenei também (dos EUA) duas edições do “Acting and Film Festival” no Latin American Film Institute. Fora isso tudo, acredite se quiser, ainda consegui concluir meu Mestrado em Cinema e TV com bolsa integral na SCAD (Savannah College of Art and Design), estudar atuação com importantes coaches e professores de Hollywood e encarar duas mudanças da costa Leste para a costa Oeste dos Estados Unidos. E olha que não estou nem falando dos novos projetos já em andamento tanto aqui como no Brasil!


A atriz já trabalhou em filmes como Alguém Qualquer,Black & White eIn Search of Liberty


3)Qual é o maior desafio de ser uma estrangeira na indústria de cinema americana?

Olha, a questão da língua é inegável. Meu inglês é completamente fluente mas, para um nativo, sempre será possível perceber um pouquinho de sotaque, o que acaba às vezes limitando os tipos de personagens que posso interpretar por aqui. Ainda bem que temos diversos exemplos de atrizes incríveis e bem sucedidas em Hollywood e que são oriundas de outros países e culturas, então, ainda que no início haja uma barreira a ser transposta, há espaço. Outro desafio é que a indústria aqui é assustadoramente grande! O que significa que a competição também é muito maior e mais acirrada. Só aparece quem é bom mesmo! Para conquistar minhas posições no “In Search of Liberty” e no “Four Years”, por exemplo, tive que me destacar em meio à um mundaréu de gente muito boa!

4)O que mais sente falta do Brasil?

Nem preciso pensar para responder: minha família. Sempre fui bastante apegada à família então preciso vê-los e falar com eles literalmente todos os dias! Ainda bem que hoje em dia temos tecnologia que nos possibilita esse contato imediato e permanente para mascarar um pouquinho das saudades.