Vivendo uma vida de casados, eles dividem apartamento no Rio
Eles estão juntos há pouco mais de três anos, mas já são um dos casais-modelo na Globo, sempre compartilhando projetos e o dia a dia com seus fãs nas redes sociais. “Eu brinco bastante quando nos perguntam quando será o casamento. Digo que pode ser de supetão e as pessoas levam a sério”, diz, aos risos, Sergio Malheiros, 25 anos, par perfeito de Sophia Abrahão, 27. Eles, na verdade, já levam uma vida de casados, pois dividem um apartamento no Rio de Janeiro, com direito a sessões de filmes, pipoca e tudo mais que um casal consolidado faz. “A verdade é que ainda não paramos para pensar nisso. Não temos nada planejado, estamos felizes e curtindo o momento em que nos encontramos, tanto pessoal quanto profissionalmente”, diz o ator, que é tão caseiro que descobriu um hobby inusitado. “Adoro lavar roupas”, lança para a repórter (que fica surpresa!).
“É verdade! É um momento em que posso focar um pouco mais em mim no meio desta rotina louca. Enquanto a máquina roda, ainda posso ler. Eu tenho várias paixões domésticas pois, na verdade, gosto de tudo sempre organizado e limpo”, completa ele, que está em uma ótima maré de trabalhos. Faz pouco mais de 18 anos desde que ele fez seu primeiro trabalho na TV. Foi como Raí, em Da Cor do Pecado (Globo, 2004), que o ator emocionou o público e iniciou sua trajetória que envolve TV, teatro e cinema. Mesmo longe das novelas desde 2016, quando fez Malhação: Pro Dia Nascer Feliz, ele não teve tempo para descanso.
Além de compor o time do quadro Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão, a partir de outubro Sergio também poderá ser visto na série Impuros, do canal Fox. Ambientada no Rio de Janeiro, a obra o traz na pele do traficante Wilbert. “Não foi um personagem fácil, ele tem uma carga dramática e violenta muito forte, está a todo o momento conflitando questões morais e éticas, é um cara sem escrúpulos”, revela. E não para por aí. O ator está escalado no elenco de Verão 90, próxima trama das 7 da Rede Globo, prevista para estrear em janeiro de 2019. Na história, ele viverá o surfista Diego, que, através de sua fama, lutará pelos diretos dos negros nos anos de 1990. Para o ator, o papel será de extrema importância. “Há a questão da representatividade, que hoje é o que mais necessitamos. Nós precisamos de personagens e histórias como a dele, que fogem do estereótipo do rapaz negro na dramaturgia que vemos há tantos anos, para que outras pessoas também se identifiquem”, explica. “O Diego é um cara muito para frente, a fim de fazer o que estiver ao seu alcance para mudar a sociedade em que vive”, adianta.
REPRESENTATIVIDADE NA TV
Ainda no próximo ano, Sergio voltará aos cinemas com Cine Holliúdy 2 e Cinderela Pop, em que contracena com Maísa Silva, 16. “Trabalhar com um elenco mais jovem é sempre muito animado e tem uma troca de experiências bacana – e também aprendo todos os dias. Cada trabalho nos traz uma nova experiência”, diz ele. O ator se diz muito feliz com tudo o que conquistou e suas escolhas. E quer investir na carreira não só de ator, mas na de roteirista e diretor. Entre as responsabilidades como ator, ele não foge de comentar a importância de tratar temas ásperos como preconceito e racismo. “Estamos vivendo um momento de reflexão social intensa e levantar estes assuntos traz à tona questões que devemos olhar e tentar mudar. Dar voz a personagens como o Diego é muito importante para mim, pois sempre em meus trabalhos tenho buscado levar alguma mensagem até o público, seja ela qual for”, conta. E continua: “Acredito que a grande maioria já sofreu algum tipo de intolerância, seja racial, de gênero, religiosa, padrões estéticos... Infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade que alimenta estes atos, mas é uma realidade que está mudando, você consegue notar. Hoje, as pessoas falam mais, levantam mais a voz. Está longe de ser o cenário ideal, mas o primeiro passo é o mais importante. Estamos caminhando para um mundo mais tolerante e estamos lutando muito por isso”, completa.