Ex-assistente de palco do The Noite, Juliana Oliveira esclareceu que levou o caso à direção do SBT antes de denúncia de estupro contra Otávio Mesquita
Publicado em 28/03/2025, às 11h02 - Atualizado em 31/03/2025, às 10h37
Após Otávio Mesquita ser denunciado ao Ministério Público de São Paulo por um suposto caso de estupro contra Juliana Oliveira, novos desdobramentos da denúncia vieram à tona. A ex-assistente de palco do The Noite teria relatado a situação para a alta cúpula do SBT meses antes de entrar com a representação criminal contra o jornalista.
Em entrevista ao Splash UOL, Hédio Silva, advogado da ex-assistente, alegou que ela foi alvo de atos libidinosos sem consentimento. O profissional ainda destacou que a jurisprudência atual aponta que "a prática de atos libidinosos configura estupro", mesmo sem penetração. "Lei passou por reformulação em 2009. O judiciário tem reconhecido o estupro mesmo quando a pessoa não toca na vítima, por exemplo", explicou.
A denúncia partiu de uma gravação realizada em abril de 2016. Em 2024, Juliana Oliveira tentou buscar apoio da emissora, mas não teve um retorno positivo: "No último trimestre de 2024, ela levou a questão ao conhecimento da emissora, mas não teve a resposta que esperava. Isso adoece a pessoa. E entra o componente racial, a ideia de que o corpo da mulher é público".
O advogado da ex-assistente de palco ainda detalhou a acusação de estupro. "Ele apalpa as nádegas, os seios, simula o ato. Nos primeiros segundos, ela defere tapa, chutes... Quando volta ao palco, a expressão é de descontentamento. O Danilo Gentili chega a falar 'a Ju está com cara de que não está curtindo, mas ela gosta (...) Está tudo registrado no vídeo", enfatizou.
A comediante Juliana Oliveira apresentou uma representação criminal ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra Otávio Mesquita, acusando o apresentador de estupro. O caso remonta a uma gravação do programa The Noite, exibido pelo SBT em 25 de abril de 2016. Segundo a denúncia, durante as filmagens, Mesquita teria tocado os seios e outras partes íntimas de Juliana, mesmo diante de sua resistência. A artista, que atuava como assistente de palco e produtora do programa, afirmou que as imagens e transcrições do episódio demonstram sua tentativa de se esquivar da situação enquanto o apresentador insistia no contato físico.
O advogado de Juliana, Hédio Silva Jr., argumenta que a legislação brasileira define como estupro qualquer ato libidinoso realizado mediante violência ou sem consentimento, mesmo sem penetração. Para a defesa da comediante, o vídeo em questão reforça a ausência de consentimento, já que a artista tentou se desvencilhar do apresentador. Além disso, o fato de o episódio ter sido exibido em rede nacional agrava a violação à sua dignidade. O caso veio à tona por meio da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, e rapidamente gerou debates nas redes sociais. Continue lendo aqui!
Ver essa foto no Instagram
Leia também: Otávio Mesquita volta a falar de acusação: 'Eu não tenho idade'