Cantor Milton Nascimento se pronuncia em nota publicada pela equipe nas redes sociais e explica ausência em mesa com artistas na cerimônia do Grammy
Milton Nascimento falou pela primeira vez desde a polêmica envolvendo sua ausência no Grammy 2025, que aconteceu no último domingo (2). Apesar de ter viajado para os Estados Unidos para a cerimônia, ele não pode ficar ao lado dos demais artistas indicados nas mesas principais e resolveu sequer comparecer ao evento.
Em um comunicado publicado nas redes sociais, a equipe do artista negou que ele tenha sido barrado no evento e explicou a decisão: "Esclarecimento: O cantor e compositor Milton Nascimento não foi barrado e nem privado de ter um assento na cerimônia principal do Grammy", inicia o texto.
"Um dia antes, quando observamos os convites, constatamos que a Academia havia destinado um lugar para Esperanza, artista com quem Milton divide o disco indicado, nas mesas, entre os artistas principais ali presentes, enquanto destinaram para a lenda brasileira um lugar na arquibancada, desconsiderando não só toda a sua trajetória e prestígio em todo o mundo, como a sua idade avançada e impossibilidade de subir ou descer escadas", explicam.
Por conta disso, a decisão foi tomada para preservar a lenda brasileira: "Quando questionados pela equipe de Esperanza, alegaram que ficariam nas mesas apenas os artistas que eles queriam no vídeo. Tendo em vista a carreira vitoriosa, o reconhecimento e o respeito conquistado pelo genial artista brasileiro, optamos pela ausência dele na cerimônia principal. Obrigado por todo o apoio, carinho e preocupação que todos estão nos dedicando. O Brasil é gigante, tal qual é Milton Nascimento".
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Em meio à publicação de Esperanza Spalding lamentando o desprezo sofrido por Milton Nascimento na cerimônia, brasileiros mostraram-se indignados pela situação e demonstraram apoio ao protesto da artista com o veterano.
“Milton é maior que o Grammy. Obrigado Esperanza por ter feito esse álbum com ele. Eu amo vocês dois demais”, escreveu um internauta. “Milton é ‘A-List’ muito antes de muitos desses artistas sentados aí na frente, visto que metade nasceu ontem. Infelizmente "inclusão", para norte americano, é somente para norte americano”, opinou outro. “Isso é um ultraje, uma afronta à cultura brasileira e à música em geral”, disse outro.
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