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Novelas / ENTREVISTA

Ex-autor da Globo, Lauro César Muniz critica novelas atuais: 'Não são atrevidas'

Em entrevista ao Fãs de Novela, o ex-autor da Globo Lauro César Muniz recorda novelas da década de 1980 e aponta falta de ousadia nas tramas atuais

por Mariana Arrudas

Publicado em 08/06/2024, às 13h00 - Atualizado em 09/06/2024, às 11h30

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O ex-autor da Globo Lauro César Muniz - Foto: Reprodução/Facebook
O ex-autor da Globo Lauro César Muniz - Foto: Reprodução/Facebook

Ex-autor de novelas da GloboLauro César Muniz (86) foi responsável por diversos sucessos da década de 1980. Para o dramaturgo, a época exigia excelência, já que os artistas elevavam o nível, e também carregava consigo uma grande ousadia —o que, para ele, está em falta nas tramas atuais.

"A nossa geração ousou, eu fui na onda da nossa geração. Você tinha que ser bom, se não, ficava para trás", começa o ex-autor da Globo, em entrevista ao Fãs de Novela. "Era uma geração muito especial essa da década de 1980. Vale à pena falar do passado. Não que as novelas de hoje não sejam boas, elas são boas sim, mas não são atrevidas."

"As novelas de hoje estão acomodadas e os autores de hoje estão com um pouco de medo de ousar. Pensa nas novelas que fizemos lá atrás, ousamos bastante. Mas também tinha uma vantagem, nós não tínhamos concorrência. Os autores estão um pouco mais cuidadosos."

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Para ele, a grande chave de uma trama envolvente é jogar com o público, a peça chave para o sucesso de qualquer história. "Não podemos subestimar nunca o público, ele sabe muito. Não é idiota, não é burro. O público é fundamental, sabem criticar. Se identificam com as personagens. A grande jogada da novela é pegar o público e mostrar: 'olha, essa é a sua vida'."

Ele revela que foi pensando no público que conseguiu encaixar um tema polêmico como a eutanásia na trama de Os Gigantes, exibida entre 1979 e 1980. "É uma coisa que pode deixar o público preocupado e assustado, e eu queria provocar."

O artista também trabalhou em grandes sucessos da dramaturgia como O Salvador da Pátria (1989), Roda de Fogo (1986-1987), Espelho Mágico (1977) e O Casarão (1976). Dentre seus trabalhos mais recentes estão títulos como Cidadão Brasileiro (2006), Poder Pararelo (2010) e Máscaras (2012).

CONFIRA A ENTREVISTA DE LAURO CÉSAR MUNIZ, EX-AUTOR DA GLOBO, NA ÍNTEGRA: