Papai Coração, 'primeira versão' de Carinha de Anjo, foi exibida pela TV Tupi; trama ficou marcada pela presença da família de Nicette Bruno no elenco
Mariana Krunfli, sob a supervisão de Arthur Pazin Publicado em 26/04/2024, às 07h30
Papai Coração, novela exibida pela TV Tupi há 48 anos, passou ilesa pela Ditadura Militar durante sua exibição. O folhetim, que foi uma 'primeira versão' brasileira de Carinha de Anjo, ficou marcado pela presença da família de Nicette Bruno no elenco. Relembre passagem da trama pelas telinhas.
Última novela em preto e branco da TV Tupi, Papai Coração foi inspirada na produção argentina Papá Corazón, de 1973, escrita por Abel Santa Cruz. Antes da versão brasileira, a história também ganhou adaptação mexicana pela Televisa em 1974, com o nome Mundo de Juguete. Após o sucesso na América Latina, a trama chegou ao Brasil como a novelaPapai Coração, em 1977.
Mais de duas décadas depois da estreia do folhetim brasileiro, a Televisa lançou Carita de Ángel, remake de Mundo de Juguete, em 2001. A novela também ganhou sua própria versão no Brasil pelo SBT como Carinha de Anjo, de 2016.
Papai Coração foi exibida durante o Regime Militar e saiu ilesa da censura de novelas como caso raro entre os folhetins da época. Segundo o livro Beijo Amordaçado – A Censura às Telenovelas Durante a Ditadura Militar, de Cláudio Ferreira, a obra não sofreu nenhum veto e foi exibida da maneira que foi escrita e gravada pela TV Tupi.
Sucesso entre o público, a novela ficou conhecida por contar com a união da família de Nicette Bruno e Paulo Goulart no elenco. Além do casal, estavam os filhos Bárbara Bruno, Beth Goulart e Paulo Goulart Filho, a sogra Eleonor Bruno, e o genro Kiko de Micheli, então marido de Bárbara.
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"Foi um sucesso, meu Deus do céu! Era papai, como papai coração, a mamãe fazia a personagem que era irmã do papai. O pai dos meus filhos estava nessa novela também, fiz par com ele. A madre superior era minha avó, a Beth fazia uma noviça, Paulinho era pequeneninho, devia ter uns 11 anos, fazia um engraxate. Eu fazia a professora de ginástica do colégio de freiras onde a história se passava", relembrou Bárbara Bruno em entrevista ao Mais Novela, em 2023.
