Simone Gutierrez admitiu que se desfez dos bens pessoais para tentar a sorte fora do Brasil. A ex-atriz da Globo se mudou após ficar desempregada
Publicado em 23/07/2024, às 15h11
Na última semana, Simone Gutierrez chocou a internet ao admitir que sua situação fora do Brasil não é das melhores. A atriz, que está no ar na programação da Globo com a reprise de Cheias de Charme, mora há dois anos em Orlando, nos Estados Unidos, e precisou deixar tudo para trás após viver anos sem oportunidades de TV, teatro e cinema no país. À coluna, a artista esclareceu que se desfez de todos os seus bens pessoais e viajou com apenas US$ 1.500.
Apesar da cotação atual indicar o valor de aproximadamente R$ 8.386,95, a quantia que Simone Gutierrez levou consigo é ainda menor, visto que ela já está fora do país há mais de dois anos. Em 2022, a atriz se mudou para Nova York, mas logo migrou para Orlando em busca de novas oportunidades: "Eu não sou uma pessoa que veio de uma família de milionários, nem de herdeiros. Sempre tive que correr atrás do meu ganha-pão e ajudar a minha família.Quando eu soube que eu tinha que estar nos Estados Unidos, eu vendi tudo o que eu tinha. Vendi tudo mesmo assim. Roupa. Tudo. Fiz um bazar de garagem, vendi tudo e fui para os Estados Unidos com US$ 1.500 no bolso, mais ou menos".
À coluna, Simone Gutierrez explicou que sua ideia era apenas estudar em Nova York para acrescentar em sua carreira artística. Sua advogada a orientou a aplicar para o green card, mas ela precisaria se mudar em dois meses para os Estados Unidos. Após ter o visto aprovado, deixou tudo para trás e deu sua cara à tapa em um novo país.
"E os motivos, a princípio, tinham sido motivos de estudo, mas aí pós-pandemia eu me vi sem possibilidade nenhuma de trabalho. Os artistas sofreram muito pós-pandemia. Enfim, eu tinha um contrato fechado, eles cancelaram várias vezes, aí acabou que cancelou de vez. As oportunidades de trabalho eram muito poucas e eu falei: ‘Ah, já que eu tenho essa oportunidade, vou tentar alçar voos maiores’. E aí eu mudei para Nova Iorque, lá eu vivi durante um ano e meio, mais ou menos (...) Tiveram momentos muito difíceis, mas tiveram momentos muito legais também, como eu te falei, foi um aprendizado incrível na minha vida e não me arrependo, aprendi muito com isso", admitiu.
A atriz esclareceu que continua em busca de novas oportunidades voltadas para sua carreira artística nos Estados Unidos, mas que enquanto isso está se dedicando para outras profissões: "Eu dei aula de teatro musical em escola pública para crianças até seis anos de idade, dei aula em escola de dança normal, dei cursos também, trabalhei de babá, trabalhei de faxineira, trabalhei de helper, que é como se fosse uma arrumadeira, trabalhei de arrumadeira também no Hotel Fasano, que é um hotel inclusive conhecido aí no Brasil, trabalhei de garçonete, trabalhei em catering. Eu fiz de tudo".
Simone Gutierrez aplicou para diversas audições, incluindo do espetáculo The Lost Colony. A atriz conquistou um papel e permaneceu três meses no teatro musical na Carolina do Norte. Entretanto, essa foi a única oportunidade que conseguiu até o momento. "As pessoas acham que a gente que já fez novela, a gente que a gente tem vida de princesa, vida glamorosa. E nós não temos. Alguns sim, outros não. E eu sempre falo que eu não sou celebridade, eu sou artista, eu sou uma pessoa que vim do teatro, eu vim do balé. Então a minha formação, é uma formação de processo, é uma formação de você buscar realmente você quer de você estudar", esclareceu.
Atualmente, a artista tem 47 anos e já trabalhou em diversas produções de sucesso na Globo, como Malhação (2009), Zorra Total (2009), Passione (2010), Na Fama e Na Lama (2011), TV Xuxa (2011), Cheias de Charme (2012), Joia Rara (2013), Alto Astral (2014), Xilindró (2016), O Outro Escritor (2016), Humoristinhas (2017), Treme Treme (2017) e Órfãos da Terra (2019). Com a pandemia de Covid-19, ela parou de recebeu oportunidades de trabalho no Brasil e optou por se mudar, mas não sem antes deixar claro que gostaria de continuar com sua carreira artística no país.
"Cheguei inclusive a me disponibilizar para vários trabalhos com vários produtores de elenco no Brasil. Mas, infelizmente, eu não estava conseguindo nada. E aí a conta vem, a gente tem que pagar as contas, a gente tem que sobreviver. E não só pelo dinheiro, mas também como realização pessoal, você precisa se sentir uma pessoa útil, você precisa se sentir uma pessoa que ainda está no mercado (...) Então, ou você tem que ter bons contatos ou você tem que ter milhões de seguidores ou você tem que ter dinheiro para esperar a sua vez e alguém olhar para você e falar: ‘Hoje eu quero trabalhar com você’. Então, eu acho que eu só penso em voltar para o Brasil quando eu tiver oportunidade, quando eu tiver um convite, quando eu tiver alguma proposta que, infelizmente, desde que a pandemia terminou eu não tive nenhuma", apontou.
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