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Tribunal de Justiça aumenta condenação de Felipe Prior por estupro; entenda

Tribunal de Justiça mantém condenação de ex-BBB e aumenta pena de prisão. Felipe Prior é condenado a oito anos em regime semiaberto por estupro

Gabriel Perline
por Gabriel Perline

Publicado em 10/09/2024, às 15h10

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O ex-BBB foi condenada a oito anos de prisão no regime semiaberto - Divulgação
O ex-BBB foi condenada a oito anos de prisão no regime semiaberto - Divulgação

[ATENÇÃO: O TEXTO ABAIXO CONTÉM RELATOS SENSÍVEIS. SE VOCÊ SE ENCONTRA SUSCETÍVEL PSICOLOGICAMENTE, INTERROMPA A LEITURA E ENTRE EM CONTATO COM O TELEFONE 188]

Mais de um ano após sua condenação a seis anos de prisão pelo crime de estupro, em regime inicialmente semiaberto, Felipe Prior conseguiu deixar sua situação judicial ainda pior. O ex-BBB foi condenado a mais dois anos em segunda instância em uma decisão unânime do Tribunal de Justiça de São Paulo pela violação cometida há dez anos. A coluna teve acesso aos documentos e te conta todos os detalhes a seguir.

Nesta terça-feira (10), o Tribunal de Justiça de São Paulo divulgou a nova atualização do caso. Ao analisarem o recurso feito pela defesa de Felipe Prior, os desembargadores responsáveis pelo caso não só mantiveram a condenação, como subiram a pena em mais dois anos. Ou seja, o ex-BBB deverá cumprir ao todo oito anos em regime inicialmente semiaberto. Atualmente, o arquiteto responde por mais três processos por estupro.

"Julgado. Por maioria de votos negaram provimento ao apelo defensivo e deram parcial provimento ao recurso interposto pela assistência a acusação, para exasperar a pena-base imposta a F.A.P e condená-lo à pena de 8 anos de reclusão em regime inicial semiaberto", concluiu o juiz.

Em agosto de 2014, Felipe Prior cometeu estupro contra uma vítima, com quem estudava Arquitetura e Urbanismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. O ex-BBB agrediu sexualmente a jovem de 22 anos dentro do carro enquanto ela estava alcoolizada. Em julho de 2023, ele foi condenado a seis anos com base nos depoimentos da jovem, de testemunhas e laudos periciais. Ao todo, foi preciso ouvir 19 depoimentos e as provas apresentadas foram essenciais para a condenação dele.

"Eu já tinha pegado carona com ele diversas vezes, não me parecia um risco, que algo pudesse acontecer. A gente estava voltando da festa, ele deixou primeiro a minha amiga na casa dela. Quando a gente estava indo sentido à minha casa, ele parou o carro no meio da rua, desafivelou meu cinto, começou a me beijar. A rua estava muito escura, já era de madrugada. Ele foi para o banco de trás e me puxou. E eu fui", disse ela na época em entrevista ao Fantástico.

"Ele começou a tirar minha roupa e, à medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo. Eu falei 'Felipe, eu não quero, não quero', e ele continuou insistindo, continuou tirando a minha roupa e começou a penetração. Cada vez que eu falava que eu não queria, ele se tornava mais agressivo. Comecei a tentar resistir fisicamente, e ele começou a puxar meu cabelo. Começava a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura. Proferiu umas frases muito... Ele começou a falar para eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria, que agora não era hora de falar que não e começou a forçar a penetração. Quantas vezes preciso falar não para a pessoa entender que ela está me machucando, que ela está me violentando?", questionou.

"E aconteceu a laceração, que foi bem doloroso. Eu gritei. Começou a sair muito sangue. E eu comecei a gritar de dor, e aí ele parou imediatamente, falou: 'O quê que é isso?  E eu, tipo, não sabia o que estava acontecendo, estava muito assustada. Só fui pegando minhas roupas e tentando estancar o sangue. Aí ele perguntou se eu queria ir para o hospital. Falei que não, que eu só queria ir para minha casa (...) [Ver o sangue]  foi o susto que ele teve que levar para parar a situação. Fez uma poça de sangue no carro dele, nele", concluiu.