Contigo!
Busca
Facebook Contigo!Twitter Contigo!Instagram Contigo!Youtube Contigo!Tiktok Contigo!Spotify Contigo!
Últimas / REFLEXÃO

Ator há 20 anos, Felipe Abib conta que preserva imagem entre trabalhos

Em entrevista à Contigo!, o ator Felipe Abib, destaque na série Pedaço de Mim, diz que todo ator deveria ‘descansar a imagem’ entre os trabalhos

Arthur Pazin e Thaíse Ramos
por Arthur Pazin e Thaíse Ramos
[email protected]

Publicado em 07/08/2024, às 20h15

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Destaque em Pedaço de Mim, da Netflix, Felipe Abib tem 20 anos de carreira como ator - Reprodução/Instagram
Destaque em Pedaço de Mim, da Netflix, Felipe Abib tem 20 anos de carreira como ator - Reprodução/Instagram

O ator Felipe Abib, intérprete de Oscar em Pedaço de Mim, série da Netflix que alcançou sucesso global, tem uma carreira de 20 anos. Assim que a produção do streaming bombou nas redes sociais, muitas pessoas procuraram saber quem é o artista. Em 2012, por exemplo, ele fez o personagem Jimmy Bastos, na novela Avenida Brasil, da TV Globo. No currículo, filmes como Faroeste Caboclo (2013), Quem Vai Ficar com Mário? (2021), Fervo (2022) e muito mais. Em entrevista à Contigo!, ele fala sobre trajetória e comenta que acha positivo um artista conseguir "descansar sua imagem".

“Quando você é um ator, que tem uma formação, você vai indo aos pouquinhos, né? Você vai encontrando os seus espaços, você vai mostrando mais espaço de atuação também. Na época, começaram a me chamar para comédia, aí fiquei naquele território só da comédia. Também tive que dar uns nãos pra virem outros sim, expandir o meu tipo de característica de ator. Eu sei que às vezes a gente brilha mais uma coisa do que a outra, eu adoro comédia, mas acho até que o humor tem que estar em tudo, inclusive no personagem do Oscar, do Jeremias, de Faroeste Caboclo”, diz.

“E esse filme Fervo, Ghost Movie, também é uma comédia de fantasma, em que sou protagonista, e tem atores sensacionais (...) Então, tem algumas pessoas que me colocam nessa posição legal. Mas às vezes, a gente como ator, não sabe as curvas do entretenimento e quando vai bombar uma coisa. Por exemplo, eu estou desde dezembro sem trabalhar no audiovisual. Às vezes, a gente não sabe quando vai trabalhar, então estou trabalhando aqui, nos Estados Unidos (Felipe mora no Havaí com a esposa e a filha de 6 anos). Trabalho aqui no turismo, porque tenho uma família, preciso viver minha vida, eu não vou ficar dependendo dos trabalhos do Brasil, até também porque minha filha mora aqui, preciso ganhar dinheiro em dólar também”, continua.

Felipe segue falando sobre a carreira de ator. “Então tem muita coisa que envolve a profissão. Não é igual médico, que você se forma, mas sabe que tem trabalho, ou qualquer outra profissão que você faz uma faculdade, alguma coisa assim. Fiz duas faculdades, fiz um monte de coisa, mesmo assim, a gente está dependendo de testes: sim ou não, você é assim, assado, seu corpo, seu cabelo (...) (Para um ator com 20 anos de carreira), às vezes acho isso um pouco absurdo, mas entendo que os preparadores de casting chamam pra teste, que é óbvio; ele está vendo o rosto, o perfil. Tem muita gente que não te conhece, tem muita gente que não me conhece”, fala.

Não ser conhecido é até positivo para o artista. “Às vezes, até gosto, sabe? Gosto de manter um pouco o meu casulinho porque acho que fico menos “vendido” também. Tem uma coisa também no ator que é bonito: valorizar o seu passe ou valorizar a mágica da atuação, senão você fica sempre no mesmo. É óbvio que a gente tem que trabalhar o tempo todo, mas é legal quando você vê o ator dando um gap de personagem, ou ele descansando o público da sua própria imagem, sabe? Às vezes, isso é interessante. Às vezes, você adora a Juliana, mas ela está lá. O Vlad, está lá. Gosto, às vezes também, de descansar a minha imagem, mas sei que isso não colabora com o financeiro”, finaliza.