Cantora fala sobre projetos pós-Rouge e comenta fim do grupo: “É eterno”
Brasil, Holanda, Holanda, Brasil. É assim que tem sido a vida de Fantine Thó mesmo após o término Rouge, isso porque a cantora continua fazendo trabalhos musicais em terras brasileiras.
Em um trajeto que dura 12 horas de voo direto, Fantine diz sentir que a viagem fica cada vez mais curta. A cantora, que esteve recentemente no país para participar da Parada do Orgulho LGBT, já tem data para retorno.
No dia 03 agosto, a artista tem um encontrado marcado com os fãs na capital paulista, dessa vez, trazendo um projeto um pouco diferente e inédito no Brasil. A experiência unirá, na mesma ocasião, voz e violão, meditação e yoga.
Ao ser questionada sobre como o público se sente com esse novo projeto, Fan é sucinta: “Surpreendente, sempre penso: agora sim vão me chamar de louca! Algumas práticas ainda são vistas como algo distante ou exotérico, mas isso é insegurança minha, eles topam e entendem todas minhas loucuras de coração aberto pra se aventurarem sabendo que serão recebidos num lugar seguro, de consciência, preparado com muito estudo e amor pra que vivam uma experiência inesquecível e transformadora. E eles sabem disso”.
Fantine está cheia de planos para a era pós-Rouge, mas não descarta a possibilidade de um retorno, uma vez que o sentimento que fica não é de término.
“Apesar dos hiatos, nunca vivenciei as pausas como um fim. As portas ficam sempre abertas no meu coração e sei que sempre ficarão. Claro que o trabalho se interrompe, mas a arte que fizemos ficou viva nos corações do nosso público, que fizeram das canções do Rouge parte da trilha sonora de suas vidas, sua infância e adolescência. Pra mim o Rouge é eterno. Independente de projetos. A volta só provou que podemos nos reunir quando quisermos, reviver e recriarmos juntas, sem que precisemos fazer isso exclusivamente pro resto de nossas vidas. Estou aberta à possibilidades e acredito que o Rouge ainda pode fazer muita coisa linda se quiser”.
O YOGA:
Após a segunda pausa do Rouge, anunciada em janeiro deste ano, a cantora ficou um tempo afastada para seguir um sonho que tinha antes mesmo de explodir com o grupo nos anos 2000. Ela foi para a Índia estudar e agora dá aulas de Sri Sri Yoga, na Holanda. É graças a esse estudo que Fantine está trazendo um formato diferente para o seu show.
“É um sonho realizado, e integro a filosofia na minha arte, na minha forma de viver e de interagir com as pessoas. Eu tenho muita sorte, é um privilégio poder compartilhar minhas visões que são recebidas com tanto abertura pelo público. É minha forma de retribuir ao amor, um convite pra estabelecer uma conexão mais profunda com as pessoas que vejo mais como indivíduos únicos do que fãs. A palavra “fã” indica que existe um ídolo, e com esses trabalhos que faço não sou uma ídola, sou serva da humanidade, e os fãs, seres humanos, exatamente como eu. O Yoga possibilita essa experiência porque é o exercício de olhar pra dentro de si durante a meditação”.