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José Loreto comemora boa fase na carreira: 'Não preciso trabalhar tanto, então quero escolher'

Em entrevista à Contigo!, o ator José Loreto, no ar em No Rancho Fundo, fala da chegada dos 40 anos e da estabilidade que conquistou na carreira e na vida

Fernanda Chaves Publicado em 29/05/2024, às 10h00

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José Loreto dá vida ao vilão Marcelo, em No Rancho Fundo - Divulgação/TV Globo
José Loreto dá vida ao vilão Marcelo, em No Rancho Fundo - Divulgação/TV Globo

Emendando sucessos na TV, José Loreto celebra a fase de realização profissional. Intérprete do vilão Marcelo, em No Rancho Fundo, novela da TV Globo, o ator se declara apaixonado pela trama global, fala da chegada dos 40 anos e da estabilidade que conquistou na carreira e na vida, em entrevista exclusiva à Contigo!; confira.

Como tem sido dar vida ao vilão Marcelo?

"Clichezão, mas verdade, se eu pudesse escolher um personagem, um trabalho para estar fazendo nesse momento, seria exatamente isso que estou fazendo. Personagem incrível, novela incrível, elenco demais, estou apaixonado pelo texto, pela direção maravilhosa, é a lua de mel perfeita essa novela. O Marcelo é divertido, carismático, ligeiro. Tenho feito cenas incríveis! Antigamente, a gente falava que a cada dez cenas, você faz uma cenona. Em No Rancho Fundo, em toda cena eu saio extremamente mexido de estar fazendo, como é boa, como tem conflito, como tem soluções, como tem poesia, como é popular. Estou muito fã de tudo".

Você vem de um personagem marcante, que foi o Lui, de Vai na Fé, e ainda está na memória afetiva do público. É difícil de se dissociar dele?

"É difícil, eu chego ao estúdio e muitas pessoas que estão lá gravaram Vai na Fé comigo e falam: ‘Vamos!’, e eu falo: ‘Não atrapalha meu processo, esquece esse tal de Vamos, agora é Oxe, vem para o Nordeste, puxa o sotaque [risos]’. Mas como o personagem também era muito uma tinta muito forte, quando eu zero, fica mais fácil de desassociar, porque ele não é tão próximo de mim. Ele era muito colorido, muito cheio de verdade, mas era muito forte".

Mas você levou coisas do Lui para sua vida, né?

"Totalmente, a moda, como a moda aí influencia na gente. Inclusive, estou lançando minha marca de roupa em breve, ZEZ. Eu vi o quanto a moda interfere no personagem, o quanto interferia em mim e eu não tinha essa consciência, que às vezes estava num dia ruim e como uma roupa influencia. Então Vai na Fé me trouxe a moda muito forte e eu vou levar para sempre. Cada novela me traz uma coisa, Pantanal me trouxe a coisa rural, estou louco para trabalhar bastante para conseguir ter um pedacinho de terra, uma fazendinha, para ser um pouquinho Marquinhos Palmeira, plantar meus orgânicos. Vamos ver o que essa novela agora vai trazer para mim".

O que te faz aceitar emendar tantos trabalhos?

"Bons personagens e boas novelas. Eu tive muita sorte, desde Avenida Brasil, um baita personagem, que era um galã, na novela seguinte me chamaram para fazer um aluado, em Flor do Caribe, isso abriu o meu leque para os diretores. Agora eu quero poder escolher, eu tenho essa autonomia, não estou desesperado. Não preciso trabalhar tanto, os boletos estão chegando, mas estão sendo pagos tranquilamente, então quero escolher. Quero um bom personagem, uma boa trama, uma boa equipe, estou nesse processo agora, aos 40. Acho que cheguei cedo a esse lugar".

José Loreto comemora boa fase na carreira
José Loreto vive uma ótima fase profissional e pessoal - Divulgação/TV Globo

Está numa fase de realização profissional então?

"Digamos que estou na minha melhor forma profissional assim de poder escolher, de poder relaxar. Dois mil e doze fiz novela, 2013, 2014, 2015... Eu ficava desesperado. ‘Nossa, se não me chamarem para uma novela, né? Como vai ser?’. Hoje podem não me chamar, está tranquilo. Eu chamo o Papinha [Rogério Gomes, diretor de TV], chamo o Allan [Fiterman, diretor de TV] para dirigir uma série, um filme, eu tenho amigos, tenho autores, tenho diretores, tenho ideias. Então hoje eu digo que estou um pouco com a faca e o queijo na mão, sabe? É só errar o menos possível que dá certo. Eu passei por muitas coisas, já fui cancelado, já voltei, já vi que o mundo está em eterna transformação".

Como você deu essa volta por cima?

"Acho que foi um trabalho calado, fui fazer o meu, bons amigos e diretores falaram amigo. Lembro do Papinha, lá no Sétimo Guardião, eu sofrendo, caindo o mundo nas minhas costas e ele falou ‘Relaxa, você é jovem. Eu já perdi impérios, tu vai recuperar tudo.’ e eu achando que minha carreira tinha acabado. Eu só fui trabalhando, montei um grupo de teatro, me formei em Cinema, me formei em Artes Cênicas e fui provando ali, nos personagens. Quem vê o glamour não vê o corre que é. Acho que dei a volta por cima porque era para ser".

E como se sente aos 40?

"Muito bem, estou numa fase tranquila, mais em paz. Quero conquistar algumas coisas, supérfluo, mas tipo, vou reformar minha casa, minha raiz, minha filha. Estou plantando um monte de coisa aos 40, então estou superfeliz, seguro no meu trabalho. Sei que nunca vai me faltar trabalho, porque tenho mão, voz e criatividade para lançar minhas coisas. Não vou falar que não dependo de TV Globo de jeito nenhum, amo TV Globo, quero trabalhar lá até os 80, mas quero fazer mil coisas fora, quero fazer as minhas coisas, quero fazer as minhas coisas lá dentro. Estou solteiro, sabendo que está tudo bem estar solteiro, que é bonzão estar livre, como é bom ter uma relação também, mas deixa as coisas acontecerem. Estou tranquilo".