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A esperança venceu! Eliana deu à luz Manuela, depois de muitas angústias na gestação

Por Tainá Goulart Publicado em 11/09/2017, às 12h47 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Eliana fala sobre suas angústias, em entrevista exclusiva à CONTIGO! - Fotos: Thalita Castanha
Eliana fala sobre suas angústias, em entrevista exclusiva à CONTIGO! - Fotos: Thalita Castanha
Foram mais de 2.000 horas de espera, angústia e solidão. os três meses que Eliana, 43 anos, passou entre as internações no hospital e os momentos de repouso absoluto na casa de sua mãe, Eva Michaelichen, 75, por conta de um descolamento de placenta na segunda gravidez, foram contados assim, em horas, minutos, segundos. Mas, no domingo (10), ela deu à luz Manuela, em um hospital de São Paulo. “Eu vi a minha vida em câmera lenta. Ficava deitada o dia inteiro e observava a vida passando. Aos 43 anos, esta é minha última gestação, o lado mãe e a família falaram mais alto”, contou a apresentadora com exclusividade à CONTIGO! Agora, o momento é de paz e celebração para a chegada de Manuela, fruto do relacionamento com o diretor de TV Adriano Ricco, 39. “Uma das maiores vitórias da minha vida. Todas as sequelas de um nascimento muito prematuro já foram para a história”, comemora.  

Seu primogênito, Arthur, 6 anos, fruto do casamento de quase oito anos com o produtor musical João Marcello Bôscoli, 47, está adorando o papel de irmão mais velho e até ofereceu seu quarto para ficar com a irmã, caso o dela não fique pronto a tempo. “Farei de tudo para que ele não sinta ciúmes dela e vou aproximá-lo ao máximo das atividades com a Manuela. O Arthur era a minha esperança viva. Eu não queria que ele me visse triste, deitada na cama de um hospital. Então, todas as vezes que ele estava para chegar, ligava as luzes do meu quarto, levantava, me maquiava e colocava uma roupa melhor para recebê-lo. Eu queria dar a ele o que ele dava para mim”, relembra Eliana, que passou cerca de metade do tempo de repouso em um hospital de São Paulo. 

“Arthur foi a minha esperança viva e minha mãe foi a força da experiência em pessoa”, diz a apresentadora, ao falar do apoio do filho e de Dona Eva.Por conta de uma placenta prévia, ou baixa, Eliana não pôde fazer parto normal e nem ter contrações

A angústia de perder a filha esteve presente em quase toda a gestação, principalmente depois de novembro do ano passado, quando passou por uma situação grave. “Às vésperas de apresentar a maratona do Teleton (SBT), da qual sou madrinha, tive uma gestação de dois meses interrompida espontaneamente. Fui parar no hospital e, sem que ninguém soubesse, superei minha dor calada e não cancelei minha participação. Eu sorria para as câmeras, mas chorava por dentro. Dar à luz a Manuela depois de tantas provações tem um significado muito especial em minha vida”, revela.

Apesar de viver um momento de paz, Eliana afirma que ainda não pode se declarar totalmente tranquila em relação ao nascimento de sua filha. “Depois de tantos sustos, Manuela já mostrou que não vem a passeio. Ela superou uma cirurgia de quatro horas, dois sangramentos e eu ainda não posso entrar em trabalho de parto, pois corro o risco de ter uma hemorragia grave. Descobri que minha placenta é prévia centro total ou baixa, como costumam falar. Volto ao hospital para ser monitorada a todo o momento”, explica ela, que continua pedindo orações dos fãs. Em seus perfis nas redes sociais, a apresentadora do SBT recebeu milhares de mensagens, inclusive de fora do Brasil, de países como Portugal, Angola e Moçambique, e pôde compartilhar histórias com os mais de 17 milhões de seguidores. “Em princípio, fiquei revoltada, me perguntava por que Deus havia feito isso comigo. Hoje, pelo contrário, meu sentimento é de gratidão. Minha relação com Deus ficou muito forte, aliás. A fé sempre existiu, mas tive a constatação de Sua força em outras pessoas, nos meus fãs. Foi libertador compartilhar esta história. Que as minhas dificuldades e aprendizados sirvam de força para outras mulheres do universo.” 

“Eu não queria que o Arthur me visse triste, deitada na cama de um hospital”, revela ela, que se arrumava, todos os dias, para esperar o filho chegar

Retorno para são Paulo
Não foi só Manuela que amadureceu durante a gestação. Eliana conta que, por conta de sua rotina agitada, entrou no piloto automático sem perceber, e o período parada lhe trouxe muitas reflexões sobre estar perto de quem ama. “Meu trabalho estava, querendo ou não, sempre em primeiro lugar, mesmo estando com a minha família. Este sofrimento me ensinou muito, sou outra Eliana hoje. Ter a oportunidade de conviver diariamente com meu filho, ver as nuances de seu crescimento foi mágico. Se por um lado eu perdi no trabalho, pelo outro eu ganhei no convívio com quem eu amo e isso não tem preço”, afirma ela, que tem planos de voltar a morar na capital paulista. “Estou há 18 anos vivendo em Alphaville, brinco que moro no interior (risos) e vou voltar para São Paulo. Não quero precisar marcar um almoço de domingo com a minha mãe pra gente se encontrar. O vínculo com quem eu amo se fortaleceu e vai continuar assim. A vida não precisa de ostentação e a única coisa que a gente pode dar às pessoas, em generosas quantidades, é o amor e a atenção.” 

A apresentadora garante que Manu já vai ser uma mulher empoderada. “Os exemplos estão em casa,
 comigo, com a minha mãe e minha avó”

Exemplo para educar
Na casa de sua mãe, a apresentadora viveu momentos mais calmos do que no hospital, como o Chá de Bebê, em julho, com a presença de várias amigas, como Ticiane Pinheiro, 41, Astrid Fontenelle, 56, e Isabella Fiorentino, 40. “Minha mãe costumava voltar com tantas imagens e palavras lindas de vários colegas de trabalho… Me senti amada de verdade. Nessas horas de aflição, percebemos quem são as pessoas em que podemos confiar. Dona Eva foi a força da experiência em pessoa, sem contar o seu poder da fé. Ela venceu e criou mulheres igualmente fortes e determinadas. Manu já vai ter muitos exemplos de empoderamento feminino em casa, não vou precisar explicar”, brinca Eliana. 

Além da caçula, Arthur está sendo criado para ser um homem que respeita as mulheres e a diversidade. “Se a gente não pode dar um mundo melhor para os nossos filhos, vamos dar filhos melhores para construir um novo mundo. Essa é a frase que se tornou obrigação na minha e na vida do Adriano. Educar é difícil, requer atenção, amor, dedicação, dizer não na hora certa, estar ao lado para apoiar e ensinar. Dá trabalho, mas o meu noivo é parceiro e estamos nessa juntos.” 

O casal está junto há três anos e foi a primeira vez que conviveu diariamente. “Um intensivão para o casamento”, diz Eliana

Companheiro em todas as horas
E foi na base do companheirismo e entrega que ela e o noivo viveram os últimos meses. Adriano pediu férias da TV Globo para poder ficar com Eliana em São Paulo. “Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, assim tem sido a nossa relação. Ele fez uma escolha tão linda de vir ficar comigo, foi quase um intensivão para o nosso casamento, do pior jeito possível, infelizmente. Eu saí de cena completamente e fiquei dependente de todos para viver. Então, quem ficou ao meu lado foram pessoas que realmente tinham muito amor por mim”, conta ela, que caminhava apenas para ir ao banheiro e foi proibida de qualquer esforço. Agora, o casal e mais duas amigas da apresentadora estão cuidando dos últimos detalhes do quarto para a chegada de Manu. “Estou fazendo tudo de forma virtual, por conferência, fotos no celular. Não vi quase nada pessoalmente, como normalmente acontece. Enxoval também fiz assim, sem sair para ver. Mas não ligo, o importante é estar pronta para receber minha filha com amor”, finaliza, com a certeza de que é uma mulher vitoriosa ao ter conseguido chegar ao nono mês de gestação e não ter tido sua filha prematuramente.