Joana Sanz, esposa de Daniel Alves, se manifesta nas redes sociais; ex-jogador foi absolvido pela Justiça por condenação de estupro
Publicado em 29/03/2025, às 14h44
Na última sexta-feira (28), o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, na Espanha, anulou a condenação de Daniel Alves por estupro por “argumentos insuficientes”. Após a decisão, Joana Sanz, esposa do ex-jogador, se manifestou nas redes sociais e falou sobre as críticas que recebeu nos últimos anos.
Em seus Stories, a modelo espanhola publicou uma foto sorridente, com desabafo sobre o julgamento que sofreu. “Apontaram dedos, me insultaram, me ameaçaram e me perseguiram durante anos. Como se quem tivesse sido acusada fosse eu”, começou.
“Apesar de tantos danos midiáticos/públicos, sigo em pé, sem que falte trabalho para mim, como tantos desejaram que acontecesse, fiel às minhas crenças e defendendo o que penso sem ser intoxicada pelos outros”, pontuou ela. “Os convido a deixar de descarregar seu ódio em pessoas que não conhecem, se eduquem, para não ter que morder a língua que às vezes envenena. Feliz vida”, concluiu.
Casados desde 2017, Joana e Daniel chegaram a se separar enquanto o jogador estava preso. No entanto, decidiram retomar no início de 2024, quando o atleta recebeu liberdade provisória. Em outubro, a modelo chegou a declarar que não se importava com as críticas por continuar casada com Daniel.
Em 30 de dezembro de 2022, uma mulher espanhola denunciou Daniel Alves por estupro. Segundo ela, os dois estavam na mesma boate em Barcelona, e o ato foi cometido dentro do banheiro. Exames de corpo de delito confirmaram a existência de sêmen na vagina da jovem, e funcionários do local relataram que ela saiu do banheiro muito abalada.
Na ocasião, três elementos comprovaram o abuso, que seriam: lesões no joelho da vítima, seu comportamento ao relatar o caso, e a existência de sequelas e traumas.
Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, além de indenização de 150 mil euros (R$ 804 mil) à vítima por danos morais e físicos. Em março de 2024, um ano após sua prisão, o ex-jogador pagou uma fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões), e passou a cumprir sua pena em liberdade condicional.
A sentença considerava o atleta culpado pois: “O acusado agarrou bruscamente a denunciante, a derrubou ao chão e, impedindo-a de se mover, penetrou-a vaginalmente, apesar de a denunciante dizer que não, que queria ir embora. Com isso, se configura a ausência de consentimento, com o uso de violência, e com acesso carnal".
A nova decisão da Justiça espanhola, no entanto, anula a condenação anterior de Daniel Alves. Magistrados do Tribunal Superior decidiram, de forma unânime, que a sentença original apresentava “lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições sobre os fatos, a avaliação jurídica e suas consequências”.
Segundo a Justiça, foi analisada uma “falta de fiabilidade do depoimento” da mulher, “indicando expressamente que o que relata não corresponde à realidade”. O documento reforça que este fato não significa que o ato tenha ou não acontecido, mas todas as medidas cautelares contra Daniel foram revogadas.
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