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Novelas / ENTREVISTA

Débora Bloch entrega expectativa ao viver vilã de Vale Tudo: 'Não sabe se vai dar conta da missão'

Em entrevista à Contigo! Novelas, Débora Bloch revelou mais detalhes de como estão suas expectativas ao viver Odete Roitman em Vale Tudo

Contigo! Novelas Publicado em 07/04/2025, às 14h55

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Débora Bloch contou mais detalhes de sua estreia como vilã em Vale Tudo - Reprodução/Globo/Rudy Huhold
Débora Bloch contou mais detalhes de sua estreia como vilã em Vale Tudo - Reprodução/Globo/Rudy Huhold

Coube a Débora Bloch reinterpretar uma das maiores vilãs da história da teledramaturgia brasileira: Odete Roitman! Feliz com a oportunidade de intergrar o elenco de Vale Tudo, a atriz fala, em entrevista à Contigo! Novelas, da responsabilidade que é fazer o remake e avalia mudanças entre o Brasil de 1988 e o de hoje.

Odete Roitman é uma das maiores vilãs das novelas e o público está na expectativa para ver a sua versão. Dá um frio na barriga?

"Acho legal, é interessante as pessoas estarem animadas com a estreia. Estou muito feliz de estar fazendo essa personagem maravilhosa, muito especial. Tenho 45 anos de carreira, então me sinto presenteada de ter recebido esse convite, para uma personagem da minha idade. Estou na idade certa de fazer, estou madura para fazer essa personagem. A gente nunca sabe como vai ser o trabalho, a reação do público antes de estrear. A gente sempre tem uma expectativa, mas não sabe se vai dar conta da missão, da responsa que é fazer uma personagem dessa. Só que, ao mesmo tempo, me sinto presenteada. Eu estou adorando fazer, estou me jogando nela e espero que o público goste".

Você assistiu à primeira versão?

"Na época vi pouco, porque estava no teatro. Então comecei a rever, mas depois vi que não estava me ajudando, achei que era mais interessante me concentrar no texto, na nova versão e encontrar a minha Odete, a minha maneira de fazer essa história e essa personagem. A novela virou um clássico e sempre que se remonta um clássico os atores que vão fazer vão dar a sua leitura para aquele clássico, vão acrescentar seu repertório, sua nova visão de como contar a história".

O que traz da Odete de 1988 e o que cria de novo?

"A Odete é um retrato de uma classe brasileira que despreza o Brasil e, ao mesmo tempo, se beneficia dele, suga as suas riquezas. Ela é uma personagem muito interessante e, infelizmente, muito atual. O Brasil mudou muito, mas a gente está vendo aí uma volta, menos no Brasil, mas no mundo todo, de um pensamento conservador, preconceituoso, retrógrado. A gente conseguiu caminhar tanto nas questões humanistas e eu nunca pensei que a gente iria assistir de novo a essa ode a ideias tão ultrapassadas. No entanto, a gente está vendo um mundo caminhando para isso, como se a história estivesse se repetindo. E a Odete acho que representa esse pensamento que, infelizmente, ainda está presente no mundo. Acho que o que traz da personagem de 1988 é exatamente isso, uma mulher que despreza o Brasil, que não entende o valor do País. O que a gente traz de 1988 é esse texto muito bem escrito pelo Gilberto Braga e agora pela Manuela Dias, que está atualizando isso. Porém, como eu disse, ela ainda está atual, essa maneira de se comportar ainda é atual no Brasil. Então estou tentando fazer uma Odete que represente o Brasil de hoje. O tema principal da novela é a ética, se vale tudo para você se dar bem, qual é o nosso compromisso coletivo, um pensamento que acho importante a gente ter cada vez mais".

Como tem mexido com você reproduzir os absurdos que a Odete fala?
"Ah, para mim é um texto muito bom de dizer, porque é uma personagem com muitas camadas. Ela tem muitas questões ali, uma questão de um certo fracasso na maternidade e, ao mesmo tempo, ser uma mulher muito poderosa, ser prepotente, controladora, mas não consegue controlar os filhos como ela gostaria. Tem uma questão afetiva, ela tem uma certa dificuldade com os afetos, é uma família que ela considera disfuncional. Então é uma personagem cheia de camadas, cheia de questões e é um texto divertido. Quando o texto é bem escrito, bem construído, tem um sarcasmo, tem a ironia, tem humor, fica interessante. Eu estou adorando fazer e descobrir todas essas nuances".

Na trama, a Malu Galli, interpreta sua irmã. Ela é sua amiga pessoal, não é?

"Somos amigas, já interpretamos amigas e irmãs. Claro que temos nossa relação pessoal, já trabalhamos juntas, a gente se dá bem em cena, tem um jogo, mas em Vale Tudo é uma relação diferente de irmãs. Às vezes, leio o texto e penso ‘Como é que eu vou tratar a Malu assim? [risos]’ Porque a gente é amiga e a Odete não é exatamente uma irmã fofinha. Estou curiosa pra ver como vai ser, a gente vai se divertir".

E o que o público pode esperar da aliança entre Odete e Maria de Fátima (Bella Campos)?
"A Odete lida com todo mundo sob esse ponto de vista dela, que ela é a que sabe, que a vontade dela é imperativa, ela sempre age em função dos próprios interesses. Ela usa as pessoas e quer que as pessoas ajam também em função do próprio interesse dela ou em função daquilo que ela acha que é o certo. Então a Odete subestima a Maria de Fátima, ela a vê como um instrumento para conseguir o que quer do filho, do Afonso [Humberto Carrão]. Ela acha que a Maria de Fátima é uma pessoa manipulável e passível de controle. Mas a Maria de Fátima vai surpreendê-la".

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