Alguém avisa? Casal precisa decidir se vai ou racha no BBB19
Alguém precisa avisar o pessoal do Big Brother Brasil que "chove e não molha' só funciona em série de TV e novela.
Não existe nada mais normal que casais se formando no BBB. Acontece desde sempre e é sempre usado como uma maneira de atrair votos, ficar mais popular, enfim, costuma ser uma tática de jogo mais do que uma reação natural à convivência. Alan entrou na casa com fama de pegador (e uma fama bastante negativa, diga-se de passagem), ficou com a Hana depois de muito flertar e enfim a menina foi eliminada. Alan ficou lá sendo a planta que é e começou a flertar com Carol Peixinho.
Na adolescência isso é super comum: aqueles amigos que ficam flertando, pensam em ficar juntos, mas não dão o passo a mais. Existe tudo no relacionamento, o carinho é bastante amoroso e às vezes parece sexual, mas o sexo mesmo não existe. Só que Alan e Carol não são adolescentes e é óbvio que o único impedimento para que fiquem juntos é o pudor: estão com medo de ser julgados pelo público do programa. Esse é o maior problema do BBB19: esse pudor, medo de julgamento, justamente quando não deveria existir.
Enquanto alguns participantes fizeram declarações que se tornaram até caso de polícia (o que não impede Paula de ser a franca favorita ao prêmio), outros ficaram o tempo todo se esquivando de fazer qualquer coisa que os colocasse em evidência. Rodrigo e Gabriela, que entraram para ser problematizadores, não o fizeram. Alan é um garanhão fora do programa mas lá dentro está se fazendo de sedutor hesitante.
Os índices de audiência da temporada mostram que essa hesitação não é algo que o público quer ver. Não existe nada mais chato de assistir do que casal adulto que quer ficar junto e não fica - quer dizer, existe, mas no contexto do BBB, nem assistir à vida real seria tão chato, já que os participantes teriam menos filtros.