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Novelas / Em 2017

Há oito anos, Globo se baseou em história real de ex-mulher de traficante para lançar sucesso

Trama da Globo foi sucesso entre o público e personagem inspirada em ex-mulher de traficante virou ícone da teledramaturgia brasileira

Juliana Paes como Bibi Perigosa - Reprodução/Globo
Juliana Paes como Bibi Perigosa - Reprodução/Globo

Em 3 de abril de 2017, há oito anos, a Globo estreava A Força do Querer como sua nova novela das nove. A autora do folhetim, Glória Perez, se baseou em história real de ex-mulher de traficante para laçar sucesso que conquistou o público e fez Juliana Paes ficar marcada como Bibi Perigosa. Relembre a história.

História por trás da ficção

Como destaca o jornalista Nilson Xavier, do Teledramaturgia, a personagem Bibi Perigosa foi inspirada na vida de Fabiana Escobar, ex-mulher do traficante Saulo da Rocinha, conhecido como o "Rei do Pó". Durante 14 anos, Fabiana viveu ao lado do criminoso, passando por momentos de ostentação, perigo e dilemas morais. Sua história foi contada no livro Perigosa, publicado em 2014, e serviu de base para a trama de Glória Perez. O livro relata sua trajetória ao lado do marido e o impacto que essa vida teve sobre sua família e sua visão de mundo.

A adaptação para a TV manteve o cerne da história real, mas trouxe elementos dramatizados para aprofundar o desenvolvimento da personagem. Para Xavier, Juliana Paes trouxe uma carga emocional intensa para Bibi, mostrando sua transformação de mulher apaixonada em fugitiva da justiça. O realismo da narrativa e a humanização da personagem geraram grande identificação do público, tornando Bibi um dos papéis mais icônicos da carreira da atriz.

Controvérsias e repercussão

Apesar do sucesso estrondoso, A Força do Querer não escapou das críticas. O Teledramaturgia recorda que a trama de Bibi gerou debates sobre a possível glamurização da criminalidade, já que a personagem, mesmo envolvida com o crime, mantinha seu carisma e conquistava a simpatia do público. Alguns setores da mídia questionaram se a novela estava romantizando a trajetória da personagem, transformando-a quase em uma heroína trágica.

Outro ponto polêmico, de acordo com Xavier, foi a escolha de Fiuk para interpretar Ruy. O ator foi criticado pela falta de expressividade e pela dificuldade em sustentar um personagem tão importante dentro da trama.

Mesmo com as críticas, a novela foi amplamente premiada, levando o título de Melhor Novela no Troféu Imprensa e na APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Juliana Paes recebeu o prêmio de Melhor Atriz, consolidando sua carreira com um papel marcante, e Marco Pigossitambém foi reconhecido como Melhor Ator pelo papel de Zeca.

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