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Advogados e block: A estratégia de Galisteu para controlar haters em tempos de A Fazenda

Adriane Galisteu tem uma estratégia importante para desviar dos ataques de ódio durante A Fazenda 16: advogados e block nas redes sociais

Gabriel Perline
por Gabriel Perline

Publicado em 18/09/2024, às 10h37

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Adriane Galisteu está no comando de A Fazenda pela quarta temporada consecutiva - Antonio Chahestian/Record
Adriane Galisteu está no comando de A Fazenda pela quarta temporada consecutiva - Antonio Chahestian/Record

Acostumada em não entrar em polêmicas e tampouco se envolver em brigas públicas, Adriane Galisteu não está imune ao campo de batalha que se arma nas redes sociais todas as vezes em que o maior reality show da Record está no ar. Com a estreia de A Fazenda 16 na última segunda-feira (16), ela se tornou um dos pontos centrais do equilíbrio da competição, e nos últimos três anos levou pedradas de todos os lados, atiradas por torcidas inflamadas, que perderam a mão e chegaram até mesmo a ameaçá-la em diversos momentos, na tentativa de tirar sua paz. Contra os haters, ela adotou duas medidas simples: bloquear os perfis excessivos e acionar o departamento jurídico.

"Você me conhece bastante já, de bastante tempo, eu não me envolvo muito em polêmica. Eu deixo falar. Eu saio de casa todo dia falando comigo, pensando... Porque eu venho [para Itapecerica da Sera] dirigindo, não venho com motorista, venho sozinha, venho mais cedo... Venho falando comigo, pensando o quanto isso tudo é um game. E a gente vive as emoções de um futebol. Eu sou palmeirense, vejo uma partida em que o juiz tá apitando contra o meu time e fico puta com o juiz. Eu xingo, fico com raiva, acho que ele tá errado. Mas acabou o game, eu esqueci e tá tudo bem. Mas naquele momento da emoção, o juiz leva todas as culpas, coitado, ele estava só fazendo um trabalho dele. E todo mundo sabe disso", disse a apresentadora em entrevista exclusiva à coluna.

Essa maneira de se enxergar como uma juíza de uma partida de futebol --que chega a durar 100 dias-- faz com que sua saúde mental não seja abalada ao longo da temporada. Criar essa barreira, ainda que seja impossível passar ilesa, faz com que Galisteu se mantenha firme para não ter o emocional afetado por torcidas que ultrapassam seus papéis e passam a agir de maneira criminosa no ambiente virtual.

"E aqui eu acho que eu entro um pouco nesse lugar. E não levo isso pra minha vida pessoal, te juro, porque se eu levasse não conseguiria fazer o programa, porque é bem pesado. As pessoas perdem a mão, mas eu coloco nesse lugar e evito ler tudo, não fico lendo muito os comentários. Eu faço o meu trabalho, foco no que eu tenho que fazer, porque senão a gente perde foco, se atrapalha e é ruim. Então, pra conseguir cumprir a minha carga horária, que é puxadíssima, e a minha função como apresentadora é de muita responsabilidade, eu tenho marcas muito importantes do nosso lado, tem o público do nosso lado, então eu não posso me deixar levar por meia dúzia de gato pingado, ou que seja um milhão de pessoas, falando alguma coisa que vai acabar assim que acabar o programa, o assunto vai ser o outro. Então tem dia e hora para acabar a confusão."

De fato, Adriane Galisteu foge de confusão. Mas ainda que sua estratégia inicial seja desviar a atenção para o termômetro da internet, inevitavelmente os ataques chegam ao seu conhecimento. E quando a situação foge do controle, ela adota as medidas necessárias. Muitas vezes, até mesmo os advogados da Record a alertam sobre os perigos que vêm das redes sociais, principalmente do X/Twitter, e deixa nas mãos dela a decisão a ser tomada.

"Tenho aqui uma equipe jurídica, um departamento jurídico que tá do meu lado, mas eu não aciono eles não, eles é que acabam falando comigo se eu quero fazer alguma coisa ou não. Nada que um unfollow ou um block não funcione", afirmou.

CONTROLE DO JOGO

Nos últimos anos, A Fazenda foi palco de diversos debates sociais importantes, com incitações criminosas nascidas dentro do confinamento, que fizeram a Record ter que se posicionar publicamente. Homofobia, racismo e até mesmo abusos sexuais rolaram sob as câmeras da emissora de Edir Macedo, e Galisteu é a porta-voz dos recados mais duros aos peões.

"Quando tenho que interferir por uma razão mais importante, mais séria, faço isso com tranquilidade. Etarismo, homofobia, xenofobia, não importa, qualquer coisa que não seja bacana por ser humano, ela sempre serve como alerta e ela sempre está ensinando alguém. Quando você chama essa atenção e traz esse assunto à tona, sem tentar esconder o assunto, você traz ele para internet, você traz ele para as pautas dos outros programas, para as redes sociais. Isso ajuda um monte de gente que nunca tinha ouvido falar daquilo, que não sabe lidar com aquela questão. O papel do reality é mostrar que a nossa sociedade não é feita de qualidades, nós somos feitos de defeitos, e que a gente erra muito, e que a gente tá aqui todo mundo pra aprender", analisou.