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TV / Atriz de 1ª versão de Renascer

Patrícia França revela desejo de voltar às novelas: ‘Sinto muita falta’

Em entrevista à Contigo! Novelas, Patrícia França conta detalhes de novo trabalho no teatro e lamenta falta de papéis para novelas

Daniel Palomares Publicado em 24/09/2024, às 19h07 - Atualizado às 19h31

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Patrícia França atuou na primeira fase de Renascer - Foto: Reprodução/Redes Sociais
Patrícia França atuou na primeira fase de Renascer - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O público vai poder matar a saudade de Patrícia França no teatro. A atriz trabalha incansavelmente para estrelar um musical sobre a história de Chiquinha Gonzaga (1847-1935), presvisto para estrear em 2025. Em entrevista à Contigo! Novelas, a famosa refelete sobre novos desafios e revela quando deve retornar às novelas. 

Você tem um espetáculo para estrear, interpretando canções de Chiquinha Gonzaga. Como está sendo essa experiência?

O musical, que contará a história de Chiquinha Gonzaga, será no ano que vem, mas ainda não tem data prevista para estreia. Eu vou cantar canções do repertório de Chiquinha e de outros compositores da época. Sempre me identifiquei com a obra da artista, que compôs desde marchinhas de Carnaval a modinhas como Lua Branca. A história de Chiquinha se confunde com a do Brasil. Ela foi, sem dúvida, uma artísta imensa e uma mulher que viveu à frente do seu tempo. Fiquei muito feliz com o convite!

Sente saudade da TV? Tem algum projeto para retornar às telinhas?

Sim, sinto muita falta e gostaria de voltar em breve, mas, no momento, ainda não tenho nenhum projeto previsto para a televisão.

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Agora nessa reta final de novela, consegue fazer um balanço do que achou do remake de Renascer?

Eu assisti somente aos primeiros capítulos do remake. Não tenho acompanhado muito essa nova versão, mas pude perceber que o autor dialoga com questões relevantes nos dias atuais, como a do plantio sustentável.

Quais as principais lembranças que carrega da novela original?

A maior lembrança que carrego da primeira versão é a de que o autor, em total sintonia com o diretor, trouxe para cena uma história de amor daquelas que atingem em cheio o coração de pessoas de todos os lugares, idades e classes sociais. Maria Santa é a princesa de um conto de fadas com elementos da cultura brasileira. Ela está inserida num contexto de mundo real onde o pai é o seu potencial abusador e a sua fada madrinha é a dona de um bordel.

Você comentou que 1993 foi um ano muito intenso e cansativo para você como atriz. Como lidou com esse período turbulento?

Eu era muito jovem e estava muito preocupada com minha formação. Queria me aperfeiçoar na minha arte e, sendo assim, entendi que eu precisava voltar ao teatro. Essa urgência me fez entrar num espetáculo musical com o grupo Quinteto Violado. Fizemos uma turnê e eu, no auge da minha inexperiência, não entendia que, naquele momento, aquilo era uma loucura, já que eu ainda estava gravando Renascer. Logo depois, fui fazer Sonho Meu e, de novo, assumi um espetáculo de teatro enquanto gravava a novela. A peça era Peer Gynt, de Ibsen. A rotina era bem agitada, mas valeu a pena. Conheci pessoas talentosas e aprendi muito na época.

Hoje, vemos a preocupação da Globo e de outras emissoras de retratar o Nordeste com menos estereótipos e maior variedade de sotaques. Como nordestina, como percebe essa movimentação?

Os meus primeiros trabalhos na TV eram de personagens baianas, mas, apesar de o sotaque baiano não ser exatamente igual ao meu, é obvio que, na época, isso me colocava em uma certa zona de conforto. Só quando vieram personagens oriundas de outra partes do Brasil é que sofri preconceitos. Independentemente disso, sempre estive disposta a me superar e nunca usei minhas batalhas pessoais como bandeira. Nunca tive pena de mim e, naquele momento, me via como uma privilegiada. Eu era uma atriz nordestina, de origem humilde, que tinha uma grande oportunidade de trabalho num mercado megacompetitivo, até mesmo para os sudestinos. Sempre rebati a discriminação com meu talento e profissionalismo mesmo em uma época em que o sotaque nordestino não era sequer tolerado. “Comi com farinha” o preconceito! Num mundo globalizado, não há mais como retratar o Nordeste e o nordestino como uma cultura e um povo que ficaram congelados no tempo e no espaço. A figura “pitoresca” já não cabe mais nos dias de hoje. Felizmente, hoje, há um grande número de diretores e autores oriundos dos estados do Nordeste. Finalmente, hoje, as produções estão muito além do eixo Rio-São Paulo.

Como é a Patrícia longe dos holofotes? Qual o lado que o público não conhece de você?

Sou a pessoa mais comum que existe. Cuido da minha casa, filhos e cachorros. Leio, vejo muitos filmes e tudo o que há de melhor no audiovisual. Sou muito caseira e avessa a badalações. Você também tem um filme a estrear, voltado ao universo infantil.

Como foi a experiência e como percebe a importância de dialogar com esse público?

Estou no elenco do filme A Princesa Adormecida, que estreou em agosto nos cinemas. A minha personagem é uma professora que ajuda o casal protagonista a ficar junto. Fazer parte dessa produção, para mim, é um belo retorno às telas. Estou amando fazer parte de um projeto destinado ao público jovem, até mesmo porque o meu filho mais novo tem 14 anos. O filme conta com a direção de Claudio Bockel e é uma adaptação do livro de Paula Pimenta.

O que sonha para o futuro?

Meu sonho é um dia desenvolver um projeto social voltado para jovens que, por falta de apoio e condições de vida, foram afastados da escola e do esporte