Em entrevista à Contigo! Digital, Marcos Palmeira comentou sobre a repercussão de Renascer nas ruas e revela que os fãs costumam fazer muitas piadas
Intérprete do Josè Inocêncio de Renascer, na TV Globo, Marcos Palmeira celebra o sucesso da novela, se diverte com os elogios que recebe e se diz honrado por protagonizar mais um remake de Benedito Ruy Barbosa. Em entrevista à Contigo! Digital, o ator e produtor rural, ainda conta como se divide entre suas duas funções.
Como tem sido a repercussão de Renascer?
- Vejo que a novela está um sucesso, a sensação que eu tenho é essa e tenho gostado muito de fazer, vou gravar com prazer. A gente fica meio distante quando está em execução, porque fica o dia inteiro gravando, mas acho que está sendo positivo, estou sentindo que as pessoas estão curtindo, a sensação que a gente tem na rua é de carinho. Estou adorando!
As pessoas te param muito na rua? O que falam?
- Muito! “Ai, painho! Olha o painho! Está pegando a novinha!’ Tem sempre uma piada (risos). Mas eu sinto que as pessoas sentem falta dessa relação do José Inocêncio com o João Pedro (Juan Paiva), ficam revoltados com ele, falam da Mariana (Theresa Fonseca), que não conseguem entender. Mas nem a gente consegue, porque o personagem é tão complexo, então isso é muito divertido.
E acompanha a repercussão nas redes sociais?
- Não acompanho. Eu posto sobre a novela, mas não fico lendo, porque têm muita gente que esculacha e não vou ficar com essa energia. Eu leio uma vez, mas se estão criticando demais... Também não bloqueio ninguém, o cara fica a vontade lá, ele só não vai ter resposta (risos). Mas não vejo nada, não tenho twitter, facebook, só tenho instagram e eu mesmo que opero.
Mas você vê comentários sobre sua aparência? Estão falando que você está um gato!
- Aí isso é bom, isso não chega pra mim (risos)! Juro por Deus, não tenho acesso, mas que bom.
É legal saber que você está sendo visto assim aos 60 anos?
- É ótimo! Quem não gosta de elogio, né? O ego fica superfeliz, só tem que entender que ‘calma, calma que não é bem assim’, pé no chão (risos).
Você não acompanha as redes sociais, mas gosta de acompanhar a novela?
- Eu gosto de assistir, para me ver, para ver coisas que fico me criticando, e é um estudo pra mim, faz parte. Porque, como eu gravo todos os dias e o volume é muito intenso – eu gravo, sei lá, 60, 70 páginas por semana –, tenho que decorar tudo isso e eu não consigo mais ler o que está acontecendo. Então, eu me pergunto sobre a continuidade ‘Eu estou vindo da onde? Estou indo para onde?’ E assistindo eu consigo abrir o leque na minha cabeça de que as outras tramas estão ali: ‘Ah, é isso aqui. Ah as outras tramas estão rolando em função disso’, entendeu? Me ajuda muito no estudo desse entendimento.
Fazer novela não é para qualquer um!
- Novela, não parece, mas é uma estiva. Todo mundo fala ‘É muito fácil’, mas fazer novela é uma coisa muito difícil. Fazer bem novela é mais dificil ainda. É um esforço, às vezes, você grava num dia 16 cenas. Não tem como nas 16 você estar do mesmo jeito, então das 16 você vai pra casa com quatro que foram geniais, você sai feliz, outras cinco poderiam ser melhor e as outras que você sabe que não aconteceram, mas tudo bem, vamos embora, tem outro dia. Renascer, Pantanal, O Rebu...
Você já fez muitos remakes. É mais confortável fazer uma trama que você já sabe o final ou se jogar numa nova história?
- Ainda tem Irmãos Coragem, Saramandaia... Acho que estou no de Vale Tudo também (risos). Todos esses que você citou são clássicos, então é muito legal você já saber que está numa história de sucesso, porque quando você começa uma novela, não sabe se ela vai dar certo, se não vai. Mas me sinto muito honrado de poder estar participando desses clássicos, de estar vivenciando esse universo do Benedito (Ruy Barbosa), desse Brasil profundo, de estar em lugares, em biomas tão distintos, um na Mata Atlântica e outro no Pantanal, de poder representar esse homem brasileiro.
Você também tem esse lado rural forte...
- Sou esse cara também do campo, mas tenho os dois lados muito presentes, tanto o urbano, como o rural. 90% das minhas comunicações por WhatsApp é com a fazenda, trabalhando para resolver coisas. É o tempo inteiro uma dinâmica de mão de obra, é uma estrutura grande do comercial, é meu outro lado. Mas como gosto muito, não sofro com isso, tanto quando estou concentrado gravando, como quando estou lá resolvendo as coisas. Mas é uma dinâmica danada, acho que minha mulher sente falta, minha filha sente, porque a gente acaba ficando mais tempo trabalhando do que com a família. Essa equação é difícil organizar, essa é a busca mesmo, poder ter um tempo para estar com a minha família.